sábado, 3 de dezembro de 2011
sábado, 12 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Nostalgia...
Um pouco de Beatles... é romântica a letra, porém a melodia é nostálgica.. ao meu ver, rs
sábado, 22 de outubro de 2011
O Suicídio...
"[...]
- Há uma censura ao suicídio. Política, religiosa, social, natural até, pois a senhora Natureza não gosta que tomemos liberdade com respeito a ela, quer manter-nos sob suas rédeas até o fim, quer decidir por nós. Quem decide em relação à morte dos homens? Nós delegamos esta suprema liberdade à doença, aos acidentes, ao crime. Chama-se a isso acaso. Mas é falso. Esse acaso é a sutil vontade da sociedade que pouco a pouco nos envenena com a poluição, que nos massacra com guerras e acidentes... A sociedade decide, assim, a data da nossa morte pela qualidade da nossa alimentação, pela periculosidade do nosso ambiente quotidiano, pelas nossas condições de trabalho e de vida. Nós não escolhemos viver, não escolhemos a nossa língua, o nosso país, a nossa época, os nossos gostos, nós não escolhemos a nossa vida. A única liberdade é a morte; ser livre é morrer.
[...]
- Mas tudo isso são futilidades. Chega-se a essa conclusão, pensa-se nisso, a encontrar certa nobreza, uma sublimação, uma legitimação, uma transcendência... sei lá... a ilusão de um absoluto chamado morte ou liberdade que gostaríamos de fazer coincidir com uma igualdade perfeita. A verdade... a minha verdade, é que estou doente. Um câncer achou que meu corpo seria uma bela ilha paradisíaca e ali ele passa suas férias, com os pés no oceano do meu sangue, bronzeando-se sob o sol do meu coração... Ele não tem necessidade de barraca, ele zomba dos raios de sol. As suas férias remuneradas consistem em me fazer morrer. Sofro atrozmente... Todos vocês sabem do que estou falando. Para não me contorcer de dor, sou obrigada a tomar injeções de morfina, a abarrotar-me de analgésicos... - Do bolso interno do paletó, ela tira um pequeno vidro de medicamentos e o agita - Isso tem um preço, o preço da minha consciência. Eu tenho controle sobre minha cabeça, mas isso corre o risco de não durar e por isso prefiro eliminar-me enquanto ainda ainda sou "eu", antes de me deixar retalhar por algum médico, estendida sem consciência numa mesa de cirurgia. E uma pequena liberdade, uma liberdade miserável. Se vocês estão aqui, é por que também vocês têm, sem dúvida, cânceres orgânicos ou cânceres da alma, tumores sentimentais, leucemias amorosas e metástases sociais que os corroem. E é isso o que determina a nossa escolha, muito mais do que qualquer grande ideia a respeito da nossa liberdade. Sejamos francos: se gozássemos de boa saúde, se fôssemos amados como merecemos, considerados, com um belo lugar na sociedade, estou certa de que esta sala estaria completamente vazia.
[...]"
Trecho do livro "Como me tornei estúpido" de Martin Page
OBS: A finalidade do livro não é essa, caso alguém se interesse em ler =).
É um livro meio engraçado, mas muito interessante.
- Há uma censura ao suicídio. Política, religiosa, social, natural até, pois a senhora Natureza não gosta que tomemos liberdade com respeito a ela, quer manter-nos sob suas rédeas até o fim, quer decidir por nós. Quem decide em relação à morte dos homens? Nós delegamos esta suprema liberdade à doença, aos acidentes, ao crime. Chama-se a isso acaso. Mas é falso. Esse acaso é a sutil vontade da sociedade que pouco a pouco nos envenena com a poluição, que nos massacra com guerras e acidentes... A sociedade decide, assim, a data da nossa morte pela qualidade da nossa alimentação, pela periculosidade do nosso ambiente quotidiano, pelas nossas condições de trabalho e de vida. Nós não escolhemos viver, não escolhemos a nossa língua, o nosso país, a nossa época, os nossos gostos, nós não escolhemos a nossa vida. A única liberdade é a morte; ser livre é morrer.
[...]
- Mas tudo isso são futilidades. Chega-se a essa conclusão, pensa-se nisso, a encontrar certa nobreza, uma sublimação, uma legitimação, uma transcendência... sei lá... a ilusão de um absoluto chamado morte ou liberdade que gostaríamos de fazer coincidir com uma igualdade perfeita. A verdade... a minha verdade, é que estou doente. Um câncer achou que meu corpo seria uma bela ilha paradisíaca e ali ele passa suas férias, com os pés no oceano do meu sangue, bronzeando-se sob o sol do meu coração... Ele não tem necessidade de barraca, ele zomba dos raios de sol. As suas férias remuneradas consistem em me fazer morrer. Sofro atrozmente... Todos vocês sabem do que estou falando. Para não me contorcer de dor, sou obrigada a tomar injeções de morfina, a abarrotar-me de analgésicos... - Do bolso interno do paletó, ela tira um pequeno vidro de medicamentos e o agita - Isso tem um preço, o preço da minha consciência. Eu tenho controle sobre minha cabeça, mas isso corre o risco de não durar e por isso prefiro eliminar-me enquanto ainda ainda sou "eu", antes de me deixar retalhar por algum médico, estendida sem consciência numa mesa de cirurgia. E uma pequena liberdade, uma liberdade miserável. Se vocês estão aqui, é por que também vocês têm, sem dúvida, cânceres orgânicos ou cânceres da alma, tumores sentimentais, leucemias amorosas e metástases sociais que os corroem. E é isso o que determina a nossa escolha, muito mais do que qualquer grande ideia a respeito da nossa liberdade. Sejamos francos: se gozássemos de boa saúde, se fôssemos amados como merecemos, considerados, com um belo lugar na sociedade, estou certa de que esta sala estaria completamente vazia.
[...]"
Trecho do livro "Como me tornei estúpido" de Martin Page
OBS: A finalidade do livro não é essa, caso alguém se interesse em ler =).
É um livro meio engraçado, mas muito interessante.
Uma música de início...
Uma pequena descrição...
Este blog é apenas para aguçar sua desmotivação de viver. Sinta-se confortavelmente triste!
Mas como não sou tão boa assim pra deixar as pessoas desmotivadas, é para compartilhar coisas que nos deixam nostálgicos, que são boas também, como por exemplo, música, arte, notícias, etc...
Lembrando que, tudo postado aqui vai de acordo com minha opinião sobre o que considero nostálgico, mas aceito boas sugestões, afinal é um lugar para se compartilhar esse tipo de sentimento, que muitos tem medo de apreciar, por medo de se sentirem sozinhos! Enfim, espero que goste, quem ler, ver, sentir...!
Mas como não sou tão boa assim pra deixar as pessoas desmotivadas, é para compartilhar coisas que nos deixam nostálgicos, que são boas também, como por exemplo, música, arte, notícias, etc...
Lembrando que, tudo postado aqui vai de acordo com minha opinião sobre o que considero nostálgico, mas aceito boas sugestões, afinal é um lugar para se compartilhar esse tipo de sentimento, que muitos tem medo de apreciar, por medo de se sentirem sozinhos! Enfim, espero que goste, quem ler, ver, sentir...!
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