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sexta-feira, 15 de abril de 2016

Encerrando!

Retornei, depois de muito tempo sem expressar nada sobre o que sinto, apenas postando músicas aleatórias... Mas voltei para encerrar esse blog, pois não faz mais sentido eu continuar algo que não condiz com o que sou hoje.
Algumas pessoas acompanharam meus desabafos, até mesmo os que foram apagados depois, e por algum motivo se identificaram com o que eu estava sentindo. Pois bem, não vou encerrar sem ao menos deixar um breve resumo sobre o que se passou, por mais que eu saiba que essas mesmas pessoas nem devem se lembrar da existência desse blog novamente.

Eu era uma pessoa depressiva, eu não lembro exatamente quando comecei a me sentir assim, mas me recordo que desde a infância já me questionava sobre a existência. Eu fiquei apática e realmente nada tinha graça pra mim, eu não tinha prazer nenhum em existir. Eu tive problemas familiares, problemas de socialização, problemas com relacionamento e "coisas do além". Normal, todos temos problemas, e eu não coloco as situações como culposas, apenas justificam alguns sentimentos e comportamentos, mas não o vazio real que eu sentia. Eu não via sentido nenhum em viver, basicamente.

Sempre li muito, e questionei muito a vida, quais os motivos reais pra se viver, pra querer ter prazeres momentâneos, pra querer cultivar amor/ódio ou qualquer outro sentimento, pra realmente querer ter uma existência pacata, ficar viva aqui. A vida na terra nunca me impressionou, o universo era a unica coisa que me despertava interesse.
Eu também não acredito na felicidade, mesmo hoje. A felicidade é só mais um produto que se usa pra vendas de vidas perfeitas, totalmente projetadas para o consumismo, esse que rege a nossa sociedade atual.

Enfim, seria muitos pensamentos pra colocar em um resumo, mas continuando... Eu acho que não sou  depressiva mais. Me sinto plena, entendo meus problemas, e entendo porque eles existem, assim como entendo melhor a minha existência hoje. Não que eu sinta amor pela vida hoje, mas compreendi muita coisa nesses últimos 2 anos. A minha implicância é somente com o título do blog e a energia que ele vibra pra mim, as lembranças que me trazem...

E assim encerro, mais um blog para o limbo da internet, que após alguns anos não receberá 1 visita sequer, totalmente inútil pro mundo e para os poucos leitores. Mas continuarei em outro blog, por aí,
postando sobre meus sentimentos e pensamentos irrelevantes, porém sem esse título desmotivador.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Apenas mais uma starseed

A vida é sempre engraçada, ainda mais quando você começa a perceber os motivos pra continuar vivo. Pela primeira vez na vida a vontade incessante de me matar passou, pelo menos por enquanto...
É até estranho falar sobre isso. Me sinto estimulada pela vida, algo que parecia difícil...
Percebo que sou muito movida pela curiosidade, e ter confirmado minha origem me deixou instigada a querer descobrir o que vim fazer nesse planeta realmente, quais são os objetivos de estar aqui, nesse lugar vazio. E não foi repentinamente q descobri isso, na verdade fui desperta aos 13 anos, mas só agora é que resolvi aceitar com seriedade e entender, principalmente depois que as coisas deram uma melhorada na minha mente.

Ainda tento entender a espécie que eu pertenço, eu lia muito sobre seres azuis e até achava q possivelmente eu era azul, mas na verdade eu sou reptiliana, e quando eu pude enfim confirmar isso, eu fui analisar os fatos e realmente, se eu descobrisse minha origem antes, certas coisas não fariam muito sentido, e hoje que já entrei em contato com meu lado mais negro, muita coisa faz sentido, não pelos reptilianos serem uma raça "malvada", pelo contrário, a maldade ela não existe, é tudo questão de ser favorável ou não. O que pode ser favorável pra mim, é completamente desfavorável pra outros, e muitas vezes eles agem assim, por isso são julgados como maus pra alguns, e isso é completamente compreensível. Mas claro que também não são todos os reptilianos que agem dessa forma, sendo "desfavoráveis" para muitos, é um grupo específico, principalmente se a pessoa tiver carma envolvendo acordo com esse tipo de reptiliano. As vezes a pessoa nem é reptiliana, mas só por ter feito um acordo em uma outra vida, pode acabar entrando em contato com "grays", que também prestam serviços pra raças reptilianas (dentre outras raças), acompanhados de reptilianos.

Boa parte dos reptilianos realmente acham o ser humano primitivo e eles raramente abduzem alguém que não seja da espécie deles. É como se eles não quisessem "perder tempo", isso até condiz um pouco com a minha personalidade, e o fato de eu dificilmente me enturmar com alguém, as vezes, por mais que eu conviva bastante com alguém, eu vou demorar muito a ter um certo interesse em conversar de fato, e isso já aconteceu muito com ciclos de amizade de outras pessoas, que eu simplesmente não falava nada com ninguém, porque também não via graça em ficar gastando saliva falando bobagens sem graça ou perdendo tempo falando de alguém, eu só conversava mesmo com pessoas que eu realmente era próxima e mais intima.

Eu ainda não sei a qual casta pertenço, e também não sei qual a minha aparência reptiliana, se sou verde mesmo ou outra cor, eu sei de muita coisa que possivelmente esta acontecendo com o planeta, e também percebo que no decorrer da minha vida eu recuperei, através de sonhos, muitas memórias de vidas passadas, algumas se encaixam com outras, mas ainda é um universo muito confuso, ainda preciso ligar alguns pontos, até que tudo realmente fique claro. Quero entender a razão de alguns carmas e quem sabe tornar essa vida a ultima vivida na terra...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Vazio latente

Esse incomodo constante no peito não sessa
E todos os dias eu tento conter a pressa
De tentar chegar em algum lugar
Qualquer canto pra parar e ficar

E cada canto com esses longos passos eu vejo
Que não há mais nada por aqui que desejo
Que as pessoas sempre, por mais longe,
Estão paradas e nem sabem onde

Preocupadas sempre com suas relações
Ou como vão ser suas aparições
Se estão belos ou não
Pensamentos em vão

Presas nessas míseras questões
Indo ou vindo são as mesmas razões
Presas a esse tato carnal
Nessa coisa visceral

A matéria vai consumindo a alma
Mesmo se manter a calma
Porque quem tenta ir diferente
Sente um vazio latente

A solidão bate a porta ao amanhecer
A causa? Ser o único a não esquecer
Que não há porque se prender
Nessa ideia louca de correr

O que me reserva, já está a me esperar
Todas as dores que devo passar
Nessa longa estrada circular
Nem sei mais por onde caminhar

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Prazer nenhum

Vida lixosa essa... Será que eu realmente comecei uma contagem, desde que fiz o post "contagem"? Por que parece que eu realmente estou contando pra ver no que essa droga toda vai dar, se eu vou cansar de vez de esperançar alguma coisa... Eu só queria acordar em outro lugar, bem longe e sumir pra sempre... Se estar bem é sentir isso, esse vazio, que é pior do que alimentar um sentimento ruim, sei lá, vazio é pior do que tudo, porque eu fico me sentindo um nada, e não tem nada pra mudar isso...
Eu conheço pessoas, saio, converso, beijo, transo, e é tudo tão vazio, não tenho prazer nenhum, não faz sentido nada disso aqui, eu só queria morrer e parar de almejar qualquer coisa...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Review de 2014

Esqueci de fazer o review de 2014... QUE ANO LOUCO! Acho que é isso, haahahaha (não, pera..)
2014 parece que foram 3 anos em um só, quantas coisas, quantas loucuras, quantas situações, quantas pessoas novas, quantas lombras, quanta lisergia, quantas reflexões... Eu não sei explicar que ano foi esse, eu não imaginava a minha capacidade de "abertura" pra tantas coisas. E pra finalizar com chave de ouro, as coisas começaram a caminhar, como ilustradora, isso é uma das coisas que me deixaram bem... Cara, 2014 não tem definição pra mim, foi algo abstrato demais com relação a tudo que eu já fiz na minha vida, e como durou... Hoje eu sou eu, a descoberta do eu é uma parada sinistra, mas quase me perdi de mim inúmeras vezes, mexi tanto com a cabeça que nem sei explicar...


Sei lá cara, muita coisa, muitos pensamentos, muito tudo... Será que eu sinto demais? Será que eu racionalizo demais o sentir? Será que sentir é isso? Será que todos sentem isso?
Veremos como será esse novo ano....

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Livre como o vento.

Estava eu futricando em coisas velhas, procurando desenhos antigos, procurando os desenhos que meu pai e minha mãe já fez pra mim, quando eu era mais nova, e encontro uma agenda velha com alguns poemas antigos que escrevi... É eu sempre gostei de escrever, desde a infância, mas poemas a partir da pré adolescência... Eu sinceramente não me recordo quando eu escrevi esse poema, a agenda é de 2007, tem alguns cálculos de física, então provavelmente eu escrevi em 2008. Então é isso...

~~♥~~

Na hora da escolha dos locais,
conseguiram nos separar.
Fomos pra lugares de pessoas iguais,
mas sempre a nos diferenciar.

A distância dos astros à nos dividir,
mas tentamos nos unir,
apesar de não conseguir...

Mas isso não é o fim,
pois continuamos a tentar,
até um dia nos encontrar...

Esses corpos nos separam,
mas sabemos que por dentro
existe um grande sentimento
que é livre como o vento,
que um dia com o tempo
com certeza à nos juntar!

~~♥~~

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Me enganando...

É complicado ficar se enganando todo dia, dizer que perdoou tudo e todos, dizer pra todos que está bem, sendo que no peito existe um buraco tão grande, e nada pra preencher esse vazio.
Não tem lembrança boa, não tem lembrança ruim, não tem nada disso, é só eu e mais nada...
Como eu queria deixar de existir...

Essa armadura forte que usei durante esse ultimo período está agora despencando, e novamente, vou ter que conseguir forças pra construir uma nova, mas não tenho ideia de como fazer isso...
Eu só queria desistir, me matar logo, e parar com essas idas e vindas, com essa troca de roupa idiota...
Ninguém estar por mim, sequer eu mesma...

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Sem lágrimas

Eu não entendo o que se passa comigo, é muito estranho. Estou em um ponto que por mais que faça força pra chorar, não tem como expulsar o que vive dentro do meu peito, mas o que eu sinto no meu peito não é angustia, não é tristeza, sei lá, não é nada, é apenas nada.
É difícil distinguir o que é estar bem de verdade, não sei se estou bem. É como se na verdade eu fosse um nada, eu evito pensar qualquer coisa o tempo todo, eu evito desejar qualquer coisa, evito qualquer coisa. Tem uma pressão na minha cabeça que não sei como explicar, e por incrível que pareça, por mais que eu não esteja em um estado pior como já estive, nesse momento é o que eu teria mais facilidade de cometer suicídio.

Eu não tenho pensado nisso por que não tenho pensado em nada, eu só faço o que tenho que fazer, é como se fosse um piloto automático, respondo as pessoas insistentes, que acham que estou com o mesmo animo de conversa que elas, e quando elas me deixam, não faz diferença também, tentando ser paciente, tentando esperar alguma coisa da vida, por mais que eu não espere nada.

Não faz sentido nenhum estar viva, desenhar, fazer qualquer coisa, não tem sentido nenhum. As vezes não sei por que insisto, talvez por um certo receio de se passar por egoísta demais, sabendo que eu poderia pegar esse corpo vazio, colocar pra trabalhar feito uma máquina, pra acúmulo material, e deixar de herança pra família, depois do suicídio.
Eu acho que é exatamente isso que tenho feito...

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

O Demônio do Meio-Dia - Uma Anatomia da Depressão (trecho)

[...]
O nascimento e a morte que constituem a depressão ocorrem simultaneamente. Há pouco tempo, voltei a um bosque em que brincara quando criança e vi um carvalho, enobrecido por cem anos, em cuja sombra eu costumava brincar com meu irmão. Em vinte anos uma enorme trepadeira guardara-se a essa árvore sólida e quase sufocara. Era difícil dizer onde a árvore terminava e a trepadeira começava. Esta enrolara-se tão completamente em torno da estrutura dos galhos da árvore que suas folhas pareciam à distância ser as da árvore. Só bem de perto podia-se ver como havia sobrado poucos ramos vivos e quão poucos gravetos desesperados brotavam do carvalho, espetando-se como uma fileira de polegares do tronco maciço, suas folhas continuando o processo de fotossíntese ao modo ignorante da biologia mecânica.

Tendo acabado de sair de uma depressão severa, na qual eu dificilmente acolhia os problemas de outras pessoas, me senti cúmplice daquela árvore. Minha depressão havia tomado conta de mim como aquela trepadeira dominara o carvalho. Ela me sugou, uma coisa que se embrulhara à minha volta, feia e mais viva do que eu. Com vida própria, pouco a pouco asfixiara toda a minha vida. No pior estágio de uma depressão severa, eu tinha estados de espíritos que eu não reconhecia como meus; pertenciam a depressão, tão certamente quanto as folhas naqueles altos ramos da árvore pertenciam a trepadeira. Quando tentei pensar claramente sobre isso, senti que minha mente estava emparedada, não podia se expandir em nenhuma direção. Eu sabia que o sol estava nascendo e se pondo, mas pouco de sua luz chegava a mim. Sentia-me afundando sob algo mais forte do que eu. Primeiro, não conseguia usar os tornozelos, depois não conseguia controlar os joelhos e em seguida minha cintura começou a se vergar sob o peso do esforço, e então os ombros se viraram pra dentro. No final eu estava comprimido e fetal, esvaziado por essa coisa que me esmagava sem me abraçar. Suas gavinhas ameaçavam pulverizar minha cabeça, minha coragem e meu estômago, quebrar-me os ossos e ressecar meu corpo. Ela continuava a se empanturrar de mim quando já parecia não ter sobrado nada para alimentá-la.

Eu não era suficientemente forte para parar de respirar. Sabia que jamais poderia matar essa trepadeira da depressão. Assim, tudo que eu queria era que ela me deixasse morrer. Mas ela se apoderara de minha energia. Eu precisaria me matar, ela não me mataria. Se meu tronco estava apodrecendo, essa coisa que se alimentava dele estava agora forte demais para deixá-lo cair. Ela se tornara um apoio alternativo para o que destruíra. No canto mais apertado da cama, rachado e atormentado por essa coisa que ninguém parecia ver, eu rezava para um Deus no qual nunca acreditara inteiramente e pedia libertação. Teria ficado feliz com uma morte dolorosa, embora estivesse letárgico demais até para conceber o suicídio. Cada segundo de vida me feria. Por que essa coisa drenara tudo que fluía de mim, eu não podia sequer chorar. Até a minha boca estava ressecada. Eu pensava que, quando nos sentimos muito mal, as lágrimas jorrassem, mas a pior dor possível é a dor árida da violação total que chega depois de todas as lágrimas já terem se exaurido. A dor que veda cada espaço através do qual você antes entrava em contato com o mundo, ou o mundo com você. Essa é a presença da depressão severa.

Eu disse que depressão é tanto o nascimento quanto morte. A trepadeira é o que nasceu. A morte é a própria desintegração da pessoa, o quebrar dos galhos que sustentam essa infelicidade. A primeira coisa que vai embora é a felicidade. Não é possível ter prazer em nada. Isso é notoriamente o sintoma cardeal da depressão severa. Mas logo outras emoções caem no esquecimento com a felicidade: a tristeza como você a conhecia, a tristeza que parecia tê-lo conduzido até esse ponto, o senso de humor, a crença no amor e na sua própria capacidade de amar. Sua mente é sugada a tal ponto que você parece um total imbecil, até para si próprio. Se seu cabelo sempre foi ralo, parece mais ralo ainda; se você tem uma pele ruim, ela fica pior. Você cheira a azedo até pra si mesmo. Você perde a capacidade de confiar nas pessoas, de ser tocado, de sofrer. Posteriormente, ausenta-se de si.
[...]

Trecho do livro "O Demônio do Meio-Dia" de Andrew Solomon.
Ótimo livro, realmente esclarecedor para quem quer entender mais sobre a depressão, formas de tratamento, também sobre si mesmo, sobre o que sente, etc.
Futuramente postarei mais trechos deste livro.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Esbarrar com alguém do passado

A cada dia que passa, a única coisa que tento manter fixa na cabeça é que preciso viver, mesmo que empurrando com a barriga, preciso pensar menos, preciso estacionar meu raciocínio, se não de fato a vida vai me fazer pirar. Não há razão pra estar aqui, conquistar objetivos, ou manter relações.

Meu coração está mais gelado do que nunca, essa é a primeira vez que eu sinto isso. A cada dia, cada dia empurrado, eu tento viver, não pensar em nada, apenas estudar alguma coisa, me distrair, me distrair e distrair com um monte de estudos inútil, que no fim não valerão nada.

Eu não me importo com a minha imagem, eu a construo por que não tem nada pra fazer comigo mesma, eu não quero gostar de ninguém, não to afim de ser paciente com ninguém, não to afim de ir atras de ninguém mais, ou me adaptar pra alguém, quero ser completamente livre de qualquer coisa, e acima de tudo ser apenas eu sem adequações.

O desapego é um processo chato, mas não faz sentido ser apegado, se no fim você estará sozinho apegado ou não. Se é pra estar só, que seja solta, que seja do mundo, que respire tudo que é ar diferente, e se distanciar dessas pessoas que só sabem olhar para si mesmas. Serei igual a elas, mas não no sentido de provocá-las com o que me tornei, a intenção não é me vingar ou fazer alguém sentir minha falta, e sim de não sentir necessidade de ser nada pra ninguém.

Simplesmente agora não preciso manter relações, elas irão durar o que tiver de durar, não preciso me manter em um lar, qualquer novo lugar pode ser o meu cantinho, o refugio de outros braços, o calor de outros corpos, qualquer ser que queira me abrigar, aceitando minhas condições, de que estou voando, e simplesmente não vou descer agora.

Cada ser que faz parte dessa realidade agora, aproveitará o que tem de mim nesse instante, se querem, pois a pouco meses irei embora, e não quero mais pensar em passado nenhum. Fale comigo quem quiser falar, vai atras quem querer alimentar, mas eu estou gélida pra qualquer ser humano.

Em cada ser que eu conhecer, não vou me privar, não vou exigir que sejam como pessoas que normalmente eu me aproximaria, simplesmente não existe mais distinção de ser humano. Não tem rótulos pra definir quem vai ficar ou quem vai sair de perto. No fim de tudo, todos são iguais, todos que eu julgo, e minorizo, ou que outros o fazem também, tem seus julgamentos e acima de tudo sua importância, tem o seu valor, nasceu como todos e vai morrer como todos.

As belas histórias do passado, são apenas belas histórias, memórias, lembranças... As velhas vontades, a grande gaveta de sonhos, todos ao ar, despejados pra quem quiser agarrar. O apego ao sangue, a família, a linhagem, cortado. Cada um deles tiveram chances pra fazer algo com a vida, não sou eu a solução, eu ficando ou indo.

Esbarrar, todo mundo se esbarra por aí, nesse mundo pequeno e sem sentido.
Quem não vive é quem se amarra a correntes.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Clemência

Por que você me conheceu assim?
Com essa dor que não vai embora
Eu queria você pra mim
Mas não sei o que faço agora

Meu coração está se congelando
Não para você, mas para o resto
Ainda continuo te amando
Só que parece que eu não presto

Não sei se quero continuar a viver
A minha base está fraca
Eu só queria tudo esquecer
No pescoço, enfiar uma faca

Como deve ser morrer?
Como vou atingir isso?
Como vou me aquecer?
No frio, indo ao paraíso?

Eu só queria não existir
Mesmo após a morte
Eu não quero mais sentir
Queria ser forte

Mas após a morte, o julgamento
"Tira-me a existência!"
Meu espirito tremendo
Pede clemência...

Não quero encarnar
Me deixe morrer
Não quero ficar
Não quero sofrer

Adeus, estou indo tentar a sorte
De matar minha essência
Deus! Me dê algum norte
Para matar minha existência.

sábado, 6 de setembro de 2014

Desejo

Por que é tão difícil recomeçar? Deixar de lado os medos, e aflições me fizeram ficar isolada por um tempo... Eu me arrependo amargamente de ter deixado tudo que eu tinha acabar, simplesmente por culpa de escolhas erradas, de pessoas erradas na minha vida, de situações que só me fez cair. Eu gostaria de voltar no passado e fazer tudo diferente, me importar com quem realmente seria importante pra minha vida nesse momento, e não com quem só ajudou a me destruir.

As vezes eu queria voltar a ter mais pessoas ao meu lado, eu me sinto tão só, e cada dia mais estranho a vida. Eu queria que minha família e amigos compreendessem caso eu faça algo contra minha vida. Queria que eles pensassem que eu poderia estar viva em algum lugar, apenas me desprendi do corpo físico, independente do que eu vá passar do outro lado. Não tenho motivos pra continuar vivendo, nem meus irmãos pequenos já não servem de razão. Eles vão experimentar a vida, e é melhor que façam isso sem eu por perto.

Eu queria poder expressar o que se passa na minha cabeça, eu queria poder mostrar como eu enxergo, pra que alguém compreendesse e tentasse me ajudar exatamente da forma que eu preciso. Me conhecendo por inteiro, me conhecendo de verdade. Não tem por que eu continuar tentando viver, cada um carrega um fardo, e eu to cansada do meu, eu só quero tirar esse peso denso, essa vida densa do meu ser, da minha alma... Só um desabafo...

terça-feira, 2 de setembro de 2014

O mundo é um moinho



Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

As vezes parece que simplesmente estou perdendo a capacidade de expressar o que sinto, a cada dia me torno alguém mais fechada para as pessoas e a cada dia mais distante de qualquer coisa, de razões, de esperança, fé... Estou tão distante do que um dia eu fui, e a cada dia, essa distancia parece uma viajem com passagem só de ida, não para uma aventura, mas para algum tipo de despejo em um campo de concentração, em que a tortura é ser trancada eternamente.

Cada dia mais presa dentro de mim, enjaulada no meu coração, expulsando qualquer tipo de coisa que havia nele, pra caber mais de mim, mais da minha própria alma solitária. Não há espaço para outras coisas no meu peito, estou obcecada pelo que estou sentindo, obcecada pelo meu próprio sofrimento, sendo cega perante os outros, pois todos os outros se tornaram parte do que apenas eu vejo, seus rostos são o que eu vejo, seus gestos, pensamentos... Todos são estáticos e não tem vida própria, quando saio de perto da minha cama ela continua lá parada, quando saio de perto de pessoas, elas continuam em algum lugar paradas, estáticas, e eu não sinto pela vida delas, as vezes elas nem existem por não estar no meu campo de visão, assim como a cama deixa de existir por eu não pensar se ela tem sentimentos, se ela tem vida, ela apenas não faz parte do meu campo de visão, logo eu não a vejo e não penso sobre ela até a hora de dormir, logo eu não penso sobre nenhuma pessoa até estar cara a cara com ela.

Eu queria um abraço, algum tipo de tato, um carinho, um beijo na testa, sem palavras, sem ter que retribuir, sem ter que ouvir sobre os outros, não me interessa a vida de ninguém nesse momento, só quero o silencio, o toque e depois, enquanto abraçados, cada um na solidão de suas mentes.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Existir

Ouvir palavras, ouvir risadas de lembrança alheia
Fingir sorriso e interesse e pedindo "descreia"
Pois tudo isso não existe aqui
E deixe esse seu passado ir

Fique aqui por inteiro
E deixe todos sem receio
Esqueça apenas por um tempo pequeno
E sinta isso em mim aos poucos crescendo
...
Eu sou tão só... Você vê?

Apenas me aqueça um pouco
Isso não vai te tornar louco
Esquecer de você e me ouvir
Sem bobagens e sorrir

Quando alguém vai sentir meu falso sorriso?
E me perguntar sobre meu paraíso?
Sem comparativos, sem egocentrismo

Não use contra mim o que eu falar
Aceite tudo que eu tiver a declarar
Não leve pro lado pessoal, por favor
Deixe que eu me abra sem pavor

Seja forte e não se ofenda
Só quero que alguém me entenda

Só quero existir um pouco, e ter meu momento
De falar de tudo um pouco, e sentir alguém atento
Sem me interromper, sem de ninguém lembrar
Sem me comparar, sem me abandonar

Mas pra que me abrir?
Estou tão acostumada a me retrair
E só me enquadrar no que querem ouvir
Me questiono "pra que existir?"
...

terça-feira, 24 de junho de 2014

Acertando aos poucos

As vezes eu me olho no espelho e percebo que muitas coisas perderam o sentido pra mim. No momento eu estou tentando me "restaurar" de qualquer problema mental, ou sei lá que eu possa ter, não sei se sou depressiva, ansiosa, apática, etc... To tentando ficar bem comigo mesma, tentando ficar bem com as pessoas ao redor, tentando rir, me distrair, desenhar, fazer coisas que me deixam bem. Mesmo nesses momentos em que me sinto bem, eu percebo que eu não sei por que eu quero um emprego, eu não sei por que eu planejo coisas, se a minha única vontade é deixar tudo isso. Não é possível que eu seja tão egoísta assim...

Eu tento priorizar alguma aventura momentânea, tento priorizar algumas pessoas, só que a cada dia eu evito sonhar, eu evito fazer planos, eu evito esperar alguma coisa da vida, eu só quero excluir um pouco do que eu sou, e viver como uma atriz, atuando minha "alegria" com alguém, atuando na minha "conquista" de alguma coisa qualquer, apenas atuando, e não existindo ali de verdade.

Foda-se se eu não conheço um terço do mundo, não estou pedindo solução, eu sei qual caminho seguir, e não preciso que ninguém opine nisso. Eu já percebi que estou melhorando muito, e que agora são menos os dias que me sinto assim. Apesar de estar me sentindo assim hoje, eu sei que estou acertando aos poucos...

terça-feira, 20 de maio de 2014

As coisas em volta.

Essa casca rachada que a muito não é hidratada está sendo atacada.
Não faço parte de círculos de vínculos de amigos e nem tenho abrigo.
Observo de longe cada fonte e influencia nessas demências.
Minha casca rachada e amassada pede clemência.
Não quero intromissão na minha evolução.
Não quero presenças na minha solidão.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Coisas sobre a vida...

É difícil compreender e aceitar as coisas ao redor, me vejo em muitos embates comigo mesma, eu não sou uma pessoa que costuma ter pessoas em volta, na verdade eu tenho pouquíssimos amigos, e muitas vezes, quando vou visitar algum deles, não esqueço do estresse de querer voltar pra casa pra ficar no meu quarto. As vezes isso é tão forte que eu nem me desconecto quando faço um passeio, é tanta coisa que passa na minha cabeça. Eu em vez de relaxar e curtir, eu não consigo, eu acho que pode ser estresse ou ansiedade, mas é difícil lidar com essas coisas sozinha. Eu percebo que até meditar é difícil, é tanta coisa perturbando a cabeça que eu não consigo relaxar e concentrar na minha respiração.

Eu acredito fielmente que eu vim de outro lugar, de outro planeta ou dimensão encarnar aqui, mas eu simplesmente não consigo aceitar como as coisas são por aqui, e quando eu começo a me "misturar" com as pessoas e começo a ter desejos "bobos" e fúteis, eu começo a sentir que essas coisas não preenchem o vazio, comprar roupas da moda pra participar de um determinado grupo, comprar celular, comprar carro, sei lá, beber com amigos, fumar, etc... Nada disso completa, nada disso é suficiente, e sempre que falo meus pensamentos, sou julgada. Quando você entra no consumismo, aí é que a depressão agrava, quando você entra em grupos fúteis etc, é quando você está prestes a morrer, por que não faz sentido, é tudo uma ilusão passageira, não dá pra digerir muita coisa. Eu prefiro ficar no meu quarto, assim ninguém me julga, assim ninguém me faz cair no abismo de morrer internamente, e viver uma mentira.

Eu queria poder sentir o que é a vida de verdade, saber sobre os mistérios do mundo etc. Quando eu tinha 14 anos, eu já estava mais do que pronta a começar estudar algo que eu sempre sonhei, que é física e astronomia, mas eu tinha que ficar empacada naquela merda de ensino fundamental e médio, forçada a seguir todo esse sistema que me rotula como "capacitada" a se enquadrar na sociedade, a ter um emprego, a poder prestar vestibular, tudo isso só é possível se eu estiver rotulada. Ninguém quer saber se você de fato é capacitado, só quer saber se você tem seu rótulo medíocre, e eu to cansada disso.

Não são apenas pequenas situações da minha vida que me entristece, o mundo faz isso comigo. Eu não consigo me adaptar aqui, simplesmente. Não dá, não desce... Vou sempre sentir vontade de sumir daqui, um dia vou ter coragem, mas de que adiantaria? Se depois de me matar, me colocassem pra encarnar aqui de novo, pra completar o que eu tenho que completar? Essa é a única razão que me faz continuar aturando essa vida...

segunda-feira, 5 de maio de 2014

...................................................................

As vezes é como se não houvesse razões suficientes pra continuar aqui, as vezes tudo parece perder o sentido, mesmo que por um instante, e parece que vou me perder algum dia nesses momentos, pra sempre...

segunda-feira, 24 de março de 2014

Tudo de novo...

A linha que segue, com leves curvaturas, que parecem fáceis de desviar, mas no impacto com uma grande curva me prendi por anos. Presa ali naquela história repetida, por tanto tempo, que depois de sair é difícil imaginar que consigo seguir, mas a linha corre, não posso esperar mais, não da pra simplesmente parar, preciso continuar nessa linha, até o final. Se eu estiver em um circulo, não chegarei ao fim da linha, apenas repetirei o mesmo impacto... E repetirei o mesmo impacto... E repetirei...

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Presente Passagem

Estava eu no meu caos
Em meu terror e meus maus
Eu todo dia nesse ensandecimento
Enlouquecida nesse envenenamento

Uma ou duas noites eu sumia
Ultrajar meu corpo pela madrugada
Usada era como eu me sentia
Uzupada pela tristeza e cansada

Temia encontrar alguém
Tremia só de pensar em quem
Trazia amargura no coração
Todas aquelas lembranças de traição

Embriagada eu sempre chorava
Eu procurava e nada encontrava
Encurralada no mesmo caminho
Entristecida sem encontrar carinho

Amanhecia e eu ainda na rua
Amargurada, machucada e nua
Abandonada e ainda mais desesperada
A depressão me encontrou e nada

Muitas situações eu esperei
Mortes e mortes eu imaginei
Momentos eu chegava a questionar
Morte morrida ou morrer por me matar?

Outros dias e eu no mesmo lugar
Observando tudo a esperar
Onde será que a morte me beijará?
Obscura a minha mente ficará

Andando pelas ruas novamente
Apareceu aquele ser em meio a tanta gente
Acorda algo no meu subconsciente
Assombra tudo completamente

Tentei entender o que acontecia
Talvez minha mente enlouquecia
Tudo estava confuso naquele momento
Também seria mais um tormento?

Horas passando e eu sempre olhando
Hesitei cumprimentar, esperei ele chegar
Horror eu senti quando ele me viu
Honra eu senti quando ele sorriu

Inesperado aquilo foi pra mim
Imaginei que ele nunca ficaria afim
Igual a mim, ninguém queria ter
Insegura foi o que eu passei a ser

Lembrando o quanto eu era triste
Lindo sorriso, daria se eu pedisse?
Lacuna era o que eu mais temia
Louca paixão era o que eu mais sentia

Acordei e vi ele a me esperar
Achei que eu estava a sonhar
Acreditei somente quando ele veio me tocar
Achei enfim uma razão pra voltar a amar